Por Mariana Abuchain
Para a psicóloga Maria da Penha Oliveira Silva, Coordenadora do Grupo Aconchego, o caminho é estabelecer, sempre, uma relação mútua de respeito entre as pessoas, tratando a criança e/ou adolescente como um sujeito , e não como um ser inferior que deve apenas respeito e obediência aos adultos
A Comunicação Não Violenta (CNV) foi desenvolvida pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg. O método tem por objetivo ajudar a reduzir e mediar os conflitos para construir uma melhor relação de diálogo tolerante e empático entre as pessoas, inclusive no âmbito familiar.
A aplicação do método na relação entre pais e filhos parte do princípio de tratar a criança e/ou adolescente como um indivíduo, e não como um ser inferior que deve apenas respeito e obediência. Saber ouvir, lidar com seus sentimentos, buscar compreender e ter uma relação de disciplina positiva, ao invés de punitiva, são, portanto, a base da CNV.
Para a psicóloga Maria da Penha Oliveira Silva, coordenadora do Grupo Aconchego, instituição que trabalha há 24 anos em prol da convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes do Grupo Aconchego, introduzir este método nas relações com os filhos é realizar o exercício da empatia. Com isso, procurar entender e reconhecer as necessidades de cada um acaba por criar um vínculo onde o diálogo e, acima de tudo, o entendimento passam a ser estabelecidos. Resultado: os conflitos são trabalhados de maneira mais harmônica.
Ao comunicarmos nossas necessidades ou pedidos por meio de uma fala doce, compassiva e de respeito, geramos uma relação de confiança e parceria mútua, tornando possível a prática rotineira de uma comunicação sem violência verbal, principalmente na adolescência, que é um momento delicado para toda a família.
“Nesta fase, os filhos passam por muitas mudanças e é importante que eles tenham um rede de apoio e compreensão, pois estão passando por inúmeras transformações com as quais não sabem lidar, deixando-os confusos. Os hormônios estão à flor da pele, as responsabilidades mudam e eles começam a experimentar como é a vida adulta, e isso pode resultar em uma maneira confusa e agressiva de se comunicar”, explica.
Há, no entanto, algumas premissas que guiam o processo para alcançar esta harmonia familiar. A primeira delas é observar, buscando compreender a situação, sem julgamentos ou rótulos, para entender o que os filhos têm a nos dizer. Desta forma, nos tornarmos menos reativos, entendendo verdadeiramente o que está acontecendo com ele. Procurar compreender quais sentimentos a situação desperta na criança ou adolescente pode ser um outro caminho.
“A aplicação deste método dá-se no cotidiano familiar e, mesmo sabendo que a convivência pode ser muito desafiadora, estar motivado a ser uma pessoa que pratica a linguagem da compaixão e que busca tornar pacífica a relação são essenciais para evitar que problemas, como por exemplo, na dinâmica da organização da casa, sem que estas se transformem em situações traumatizantes”, conclui a psicóloga.
Sobre o Grupo Aconchego – O Aconchego é uma entidade civil, sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1997, que trabalha em prol da convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em acolhimento institucional.
Filiado à Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção – ANGAAD o Aconchego é reconhecido como referência em Brasília e conta com grande projeção nacional na criação de tecnologias sociais com vistas à garantia do direito das crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária, por meio de ações de intervenção com potencial para a transformação social e cultural.
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